O tema “escalas de trabalho” está cada vez mais em alta, tanto entre profissionais de RH quanto entre colaboradores. Mas quais tipos de escala são permitidos? O que a CLT diz sobre cada uma delas?

Neste artigo, você vai entender melhor os diferentes tipos de jornada de trabalho e como elas funcionam na prática.

O que são escalas de trabalho?

A escala de trabalho é a organização dos dias e horários em que o profissional deve estar disponível para a empresa, incluindo as horas trabalhadas e os turnos designados. Regida pela CLT, essa escala considera a duração padrão de 8 horas diárias e 44 horas semanais, com adaptações para diferentes setores e situações, como jornadas reduzidas e compensação de horas. 

Além de definir a carga horária, a CLT também estabelece normas para horas extras, intervalos e trabalho noturno, visando ao bem-estar de cada profissional. A escolha de uma escala adequada ajuda a empresa a cumprir as obrigações legais, proporcionando um ambiente de trabalho mais organizado, produtivo e alinhado às necessidades de toda a equipe.

Quais são as escalas de trabalho mais comuns no Brasil?

Jornada 5×1

Na escala 5×1, o profissional trabalha cinco dias consecutivos e folga no sexto. Ou seja, em um mês, o colaborador tem cinco folgas fixas. A carga horária diária é de 7 horas e 20 minutos, totalizando as 44 horas semanais permitidas pela CLT.

  • Vantagens: possibilita descanso frequente e mantém uma rotina mais estável para o colaborador;
  • Desvantagens: em determinados cenários, a folga fixa pode limitar a flexibilidade.

Jornada 5×2


A escala 5×2 é a mais comum e usada em empresas que funcionam de segunda a sexta-feira, o famoso horário comercial. Nesta escala, o colaborador trabalha cinco dias e folga dois (normalmente aos sábados e domingos). Com uma carga horária diária de 8 horas, essa jornada também completa 44 horas semanais.

  • Vantagens: o colaborador tem descanso em dois dias seguidos, ótimo para recuperação física e mental;
  • Desvantagens: não se aplica a todos os tipos de negócios, especialmente setores com funcionamento contínuo.

Jornada 6×1

Na escala 6×1, o colaborador trabalha seis dias seguidos e descansa no sétimo. Essa escala é muito utilizada em empresas que operam os sete dias da semana, como lojas de varejo, indústrias e supermercados.

  • Vantagens: a empresa sempre tem colaboradores disponíveis;
  • Desvantagens: menos tempo de folga contínua, o que pode ser desgastante.

Jornada 12×36

A jornada 12×36 é específica: o profissional trabalha 12 horas seguidas e descansa nas próximas 36 horas. Essa escala é permitida pela CLT para atividades que demandam atendimento contínuo, como segurança, saúde e setores industriais.

  • Vantagens: descanso prolongado após uma jornada intensa;
  • Desvantagens: o período de 12 horas de trabalho é exaustivo e pode não ser adequado para todas as funções.

Exceções à regra

Em determinados setores, existem escalas específicas para a categoria dos profissionais, como as escalas 18×36 e 24×48, comuns em áreas de saúde, segurança e emergências. Há também jornadas com menos de 8 horas diárias, previstas pela CLT para profissões como professores, bancários e empregados de frigoríficos.

Erros comuns na gestão da escala de trabalho

Identificar e corrigir erros comuns na gestão de escalas é essencial para construir um ritmo de trabalho adequado e que respeite as exigências legais. Abaixo, listamos alguns dos principais erros a serem evitados:

  • Subestimar a demanda de trabalho: não calcular corretamente a quantidade de colaboradores necessária por turno pode sobrecarregar a equipe, causando insatisfação e queda na produtividade;
  • Ignorar as normas da CLT: desrespeitar regras como limite de horas extras, intervalos e jornada noturna pode gerar passivos trabalhistas e penalidades. Conhecimento profundo da legislação é essencial;
  • Não considerar o descanso adequado: escalas que não respeitam o período de descanso, como as 36 horas de folga na jornada 12×36, acabam desgastando o colaborador e afetando a qualidade do trabalho;
  • Falta de flexibilidade: escalas rígidas, que não se adaptam às variações de demanda ou às necessidades dos colaboradores, podem gerar insatisfação e aumentar o turnover.
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