Veja as principais tendências para o RH em 2026
Descubra o futuro do RH: Com a IA, o recrutamento, a retenção e o engajamento de talentos já entraram em uma nova era.
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Em vez de substituir empregos, a inteligência artificial está criando uma nova geração de profissionais mais produtivos, estratégicos e criativos: os super workers, ou supertrabalhadores. Mas quem são eles de verdade? Como surgem? E por que estão moldando silenciosamente o futuro das empresas?
Neste artigo, você vai entender como esse novo perfil está se formando, por que ele representa uma vantagem competitiva real e como o RH pode acelerar essa transição com estratégia e propósito.
Durante muito tempo, as empresas funcionaram como engrenagens humanas. Nós organizávamos tudo por cargos fixos, promoções por tempo de casa, processos engessados. Criava-se uma estrutura, colocavam-se as pessoas nos seus “lugares”, e tudo seguia uma lógica de crescimento.
Mesmo com todos os avanços da transformação digital, com aplicativos, e-commerce e automações, a forma de organizar o trabalho continuou praticamente a mesma. A gente acelerou os processos, mas manteve a mesma lógica de sempre.
Mas esse modelo não dá mais conta da velocidade atual. Agora, com a IA generativa, o jogo muda.
Essa nova geração de tecnologias é muito mais que uma automação. A IA entende contextos, aprende com os dados, sugere caminhos, toma decisões. Funciona como uma espécie de copiloto para cada colaborador. Ferramentas inteligentes, gêmeos digitais, agentes de IA… tudo isso já está chegando à rotina de muita gente. E aí surge uma pergunta que não dá pra ignorar:
Como organizar o trabalho num cenário em que cada pessoa tem acesso a esses “superpoderes” digitais?
Essa é a base do conceito de empresa super trabalhadora: organizações que não focam só na tecnologia, mas principalmente em como ela amplia o potencial humano. Empresas que entendem que o segredo vai além de automatizar tudo, mas em repensar a forma como as pessoas trabalham, interagem e crescem.
Os super workers são profissionais que já entenderam que a inteligência artificial veio para potencializar, e não substituir. Diferente de um colaborador tradicional, eles trabalham em parceria com a IA, transformando o jeito de pensar, produzir e interagir dentro das organizações. Esse novo perfil já está presente em diversas áreas e deixará de ser um diferencial para se tornar um requisito essencial.
Veja alguns exemplos práticos:
Vamos quebrar um mito aqui: super workers não são gênios da tecnologia nem pessoas superdotadas. São profissionais normais, mas com algo especial: curiosidade ativa, mentalidade de crescimento e vontade genuína de aprender o tempo todo. Quando essas características se encontram com a tecnologia certa, o resultado é um salto impressionante de produtividade e relevância.
Super workers não são profissionais perfeitos ou especialistas em tudo, mas têm algo em comum: conseguem combinar tecnologia com habilidades humanas de forma estratégica. O que diferencia esses profissionais é um conjunto de atitudes, competências e escolhas que os tornam mais preparados para um novo jeito de trabalhar.
Veja os principais elementos que compõem o perfil do super worker:
Super workers têm uma postura aberta à mudança. São curiosos, gostam de aprender e não têm medo de testar o novo. Encaram erros como parte do processo e mantêm o foco em soluções criativas e colaborativas. Em vez de resistir à tecnologia, buscam formas de usá-la a seu favor.
Super workers não apenas usam a tecnologia, eles entendem como tirar o melhor dela. Sabem quais ferramentas aceleram seus processos, como automatizar o que não precisa ser feito manualmente e de que forma aplicar IA para escalar resultados. Eles não são dependentes da tecnologia, mas a utilizam com intencionalidade.
Eles transitam com naturalidade entre o universo digital e o humano. Isso inclui ter tanto competências técnicas quanto soft skills.
Afinal, em um mundo onde a IA consegue escrever, analisar, responder e até sugerir soluções, o que nos torna realmente indispensáveis são justamente as habilidades que nenhum algoritmo consegue replicar.
Qualquer IA hoje consegue produzir um texto tecnicamente correto. Mas saber quando esse texto faz sentido para um cliente específico, como adaptar a mensagem para diferentes contextos e por que uma abordagem funciona melhor que outra – isso ainda é 100% humano.
As soft skills que estão fazendo toda a diferença incluem:
| Soft Skill | Por que é importante |
| Pensamento crítico | Saber questionar, cruzar informações e tomar decisões baseadas em mais do que dados crus. |
| Comunicação clara e contextual | Transmitir ideias de forma assertiva e adaptada ao público. |
| Inteligência emocional | Lidar com mudanças, feedbacks e incertezas com equilíbrio. |
| Curiosidade e aprendizado contínuo | Adaptar-se rapidamente às novas ferramentas e desafios. |
| Colaboração | Trabalhar em times diversos, com empatia e escuta ativa, especialmente em ambientes híbridos ou digitais. |
Quando esses três elementos se encontram, nasce um profissional pronto para crescer junto com a IA, gerar mais valor e se manter relevante em um mundo que muda o tempo todo.
A evolução de um super worker acontece em estágios e depende de diversos fatores: o tipo de trabalho, o nível de automação possível, o contexto da empresa e, claro, a disposição individual para aprender e se adaptar.
A Josh Bersin Company analisou como a inteligência artificial está sendo integrada ao trabalho e identificou quatro perfis distintos de super workers, que variam conforme o tipo de redesign da função e o grau de qualificação exigido:

Esses perfis mostram que o impacto da IA pode ir desde ganhos pontuais de eficiência até uma mudança profunda nos papéis, nas habilidades e na forma como as pessoas contribuem para o negócio.
Dados recentes da Gallup mostram que o uso de IA no trabalho quase dobrou em dois anos, passando de 11% para 19% desde o primeiro levantamento em 2023.
Empresas que desenvolvem super workers crescem junto com a IA e colhem resultados como:
Quando tarefas operacionais deixam de ocupar espaço na rotina, os profissionais conseguem focar no que realmente importa. É aí que a diferença aparece: mais agilidade, entregas melhores e uma sensação real de estar contribuindo de forma estratégica. A IA não tira o protagonismo, ela libera o potencial que já existia.
Com a ajuda da automação, tarefas repetitivas são feitas com mais rapidez e menos chance de erro. Ao mesmo tempo, o olhar humano garante que o essencial continue sendo bem feito. O resultado é menos retrabalho, mais fluidez no dia a dia e um time que consegue fazer mais com menos desgaste.
Quando as pessoas percebem que estão crescendo, aprendendo e fazendo diferença de verdade, a motivação vem naturalmente. Super workers sentem isso porque não estão só executando, estão evoluindo junto com a tecnologia. E quem se sente valorizado e desafiado tende a querer ficar.
Com menos tempo gasto em tarefas repetitivas, sobra espaço mental para testar ideias, propor melhorias e pensar diferente. Inovação, nesse caso, não é um projeto à parte: ela surge no fluxo do trabalho, como consequência de um ambiente que estimula a criatividade.
Super workers não decidem no achismo. Eles combinam o que a IA entrega de dados e análises com o que só o ser humano consegue perceber: contexto, intuição, leitura de cenário. É essa união que leva a decisões mais seguras, bem fundamentadas e com impacto real no negócio.
Esses ganhos não vêm só da tecnologia. Eles acontecem quando você combina inteligência artificial com inteligência emocional, algoritmos com empatia, automação com conexão humana.
Apesar de todo o barulho em torno das tecnologias mais avançadas e dos investimentos bilionários, a essência dessa revolução continua sendo: as pessoas. O maior desafio hoje não é simplesmente implantar IA, e sim repensar como o trabalho acontece. Isso envolve reestruturar funções, capacitar as equipes e entender onde e como os humanos entram nesse novo cenário, onde os sistemas são cada vez mais inteligentes.
Por isso, quem trabalha com RH é protagonista dessa transformação. E isso significa muito mais que implementar ferramentas, é sobre:
Antes de desenhar um cargo, é preciso entender como o sucesso é medido naquela área, quais resultados precisam ser entregues e o que realmente gera valor.
Essa abordagem é chamada de design de funções baseado em produtividade. Em vez de olhar para o cargo como um pacote fechado, você o desconstrói em atividades específicas. Aí, avalia quais tarefas podem ser automatizadas, otimizadas ou complementadas por IA, e quais exigem envolvimento humano direto.
Tempo de casa e senioridade perdem força. O que importa agora são habilidades digitais, capacidade de adaptação e resultados concretos. Seu sistema de recompensas reflete isso?
Super workers são naturalmente versáteis. Eles querem novos desafios, projetos diferentes, oportunidades de aprender. Conecte talentos a possibilidades de forma rápida e eficiente.
Seus gestores precisam ser exemplos vivos de inovação e adaptabilidade. Eles sabem usar IA? Exploram novas tecnologias? Entendem o potencial delas? Conseguem guiar seus times nessa jornada?
Agora, é um diferencial criar “times de transformação” que conectem diferentes áreas. RH, TI, operações e negócios precisam trabalhar juntos para fazer acontecer.
Empresas que seguem esse caminho já colhem resultados concretos. Um exemplo citado no estudo da Josh Bersin Company mostra uma área de RH que criou sua própria “equipe de transformação IA”, conduzindo workshops, redesenhando funções e propondo novas formas de medir performance.
Se você chegou até aqui, provavelmente já entendeu que essa não é mais uma discussão teórica sobre o futuro do trabalho. É sobre o que está acontecendo agora e sobre como você e sua empresa vão se posicionar nessa nova realidade.
O próximo passo é refletir: quais processos na sua área poderiam ser repensados com uso de IA? Que habilidades seu time precisa desenvolver? Como vocês podem criar uma cultura de experimentação e aprendizado contínuo de inteligência artificial?
Segundo a Josh Bersin Company, para guiar essa transformação de forma prática, é possível pensar em quatro grandes movimentos que o RH pode impulsionar:
Tudo isso parece distante? Não precisa ser.
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