Veja as principais tendências para o RH em 2026
Descubra o futuro do RH: Com a IA, o recrutamento, a retenção e o engajamento de talentos já entraram em uma nova era.
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Recentemente, o IBGE trouxe uma boa notícia: a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025, o menor índice já registrado para esse período.

Isso é, sem dúvida, uma conquista importante. Porém, quando olhamos mais de perto, percebemos que esse avanço não conta toda a história do mercado de trabalho atual…
O número de pessoas desocupadas diminuiu e mais de 39 milhões de brasileiros estão formalmente empregados no setor privado. Porém, isso não quer dizer que estamos caminhando para um mercado de trabalho mais justo ou equilibrado.
Apesar da queda no desemprego, há outro dado importante: 14,4% da força de trabalho está subutilizada, ou seja, cerca de 16,5 milhões de pessoas estão em funções que não aproveitam suas capacidades, experiências ou formação. E muitos desses empregos, embora formais, continuam sendo precários, com salários baixos, jornadas exaustivas e poucas oportunidades de crescimento.
O mercado de trabalho está em um momento de transição, e muito disso é impulsionado pela aceleração da tecnologia e pela adoção crescente da inteligência artificial. De acordo com a LCA 4Intelligence, até 31,3 milhões de empregos no Brasil podem ser afetados pela IA, com 5,5 milhões sob risco de automação total. O Fórum Econômico Mundial também apontou que 41% dos empregadores planejam reduzir suas equipes devido à tecnologia.
Isso não quer dizer que todos os postos de trabalho vão desaparecer, mas muitas funções já estão mudando. Atividades como atendimento ao cliente, triagem de documentos e elaboração de relatórios, por exemplo, estão sendo cada vez mais assumidas por ferramentas de IA, como o ChatGPT.
Diante dessa transformação, surge a urgência do reskilling — ou requalificação. O aprendizado contínuo será o que vai separar quem se adapta às mudanças de quem fica para trás. E isso vale tanto para profissionais quanto para empresas.
Mais do que adotar novas tecnologias, precisamos garantir que elas sejam instrumentos de inclusão, e não de exclusão.
Investir em programas de reskilling nas empresas é essencial. Empresas que já adotaram programas de requalificação, como a implementação de treinamentos em IA, têm visto resultados positivos, não apenas na adaptação da sua equipe, mas também no engajamento e retenção de talentos.
É fundamental que as organizações promovam oportunidades de aprendizado contínuo para seus colaboradores, com foco em habilidades futuras. Isso inclui a promoção de ambientes de trabalho mais flexíveis, que incentivem o desenvolvimento de novas competências e o preparo dos profissionais para as mudanças que já estão acontecendo.
Esse é o grande desafio do nosso tempo: equilibrar o avanço tecnológico com o olhar humano. Investir em políticas públicas de qualificação, apoiar transições de carreira, criar ambientes de trabalho mais flexíveis e preparar as pessoas para o novo. Isso tudo é tão urgente quanto reduzir os índices de desemprego.
A boa notícia é que dá pra fazer isso de forma coletiva, colaborativa e consciente. A pergunta que fica é: estamos prontos para enxergar além dos números?
Este artigo foi escrito por Ana Paula Prado, CEO da Redarbor Brasil. Siga-a no LinkedIn para mais insights sobre tecnologia para RH, futuro do trabalho, desenvolvimento de pessoas e mais.
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