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Você já sentiu que sua equipe anda menos produtiva, sobrecarregada ou desmotivada mesmo sem mudanças drásticas no ambiente de trabalho?
Pois é. Muitas vezes, o problema pode estar ligado a algo mais silencioso, que aparece em pequenos sinais, mas tem grande impacto nos resultados: o absenteísmo.
Segundo a FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), cerca de 35 milhões de dias de trabalho são perdidos todos os anos no Brasil por conta de problemas de saúde. Esse número é bastante expressivo e revela como o absenteísmo pode afetar diretamente a operação, os custos e o clima da empresa.
Mas afinal, o que está por trás da ausência dos colaboradores? E o que pode ser feito, na prática, para reverter esse cenário?
Neste artigo, você vai entender:
Vamos lá? Boa leitura!
Absenteísmo é a ausência frequente e não planejada de colaboradores durante o horário de trabalho. Pode acontecer por diferentes motivos: doenças, problemas pessoais, insatisfação no ambiente de trabalho, entre outros.
Mais do que o incômodo pontual da ausência de um colaborador, o absenteísmo representa queda na produtividade, aumento de custos e sobrecarga para as equipes que continuam ativas.
Para combater o absenteísmo, é importante entender os seus diferentes tipos. Abaixo, você confere os principais:
Ausências por motivos legais ou previstos, como licença médica, licença maternidade/paternidade;
Faltas sem justificativa formal, geralmente consideradas faltas injustificadas;
Faltas relacionadas a problemas de saúde, sejam eles físicos ou psicológicos;
Questões familiares, estresse ou outras situações pessoais que afetam a presença;
Falta causada por desmotivação, insatisfação com o trabalho, conflitos ou baixa cultura organizacional.
Além do impacto direto na produtividade, o absenteísmo afeta outros pontos críticos para o sucesso do negócio:
Segundo a Exame, as 500 maiores empresas do Brasil perdem mais de R$230 milhões por ano com custos ligados ao absenteísmo. Nos Estados Unidos, esse número ultrapassa os US$575 bilhões anuais, segundo dados do Integrated Benefits Institute (IBI).
Por isso, quanto mais cedo a empresa identificar as causas do absenteísmo, mais chances terá de agir de forma assertiva e evitar prejuízos maiores.
O termo “absenteísmo” não aparece diretamente na legislação trabalhista, mas a CLT trata sim das faltas e de suas consequências. Para quem trabalha com RH, é essencial entender o que pode ou não ser feito nessas situações.
A lei prevê uma lista de situações em que o colaborador pode se ausentar sem desconto no salário. Alguns exemplos:
Essas faltas não devem ser descontadas e não impactam férias nem outros benefícios.
Faltas sem aviso ou justificativa válida podem ser descontadas do salário e dos reflexos, como o Descanso Semanal Remunerado (DSR).
Se essas faltas forem frequentes, a empresa pode aplicar medidas disciplinares, como advertências e suspensões. Em casos mais graves, podem até resultar em demissão por justa causa, conforme o artigo 482 da CLT (por desídia ou mau comportamento).
Quando o colaborador apresenta atestado médico, os 15 primeiros dias de afastamento são pagos pela empresa. A partir do 16º, o INSS assume o pagamento por meio do auxílio-doença.
O RH deve aceitar atestados válidos e registrar corretamente os afastamentos. Desconsiderar esses documentos pode gerar passivos trabalhistas.
Acompanhar este indicador ajuda a entender o impacto das ausências no desempenho da equipe e a identificar padrões.
Veja como calcular a taxa de absenteísmo na prática:
Exemplo:
Agora que você já sabe o que é absenteísmo e como calcular, vamos ao ponto mais importante: o que realmente está por trás dele?
Veja abaixo as 5 causas do absenteísmo que costumam ser deixadas de lado, mas que têm grande peso na produtividade e no clima:
Ambientes hostis, com comunicação agressiva, competitividade tóxica, falta de escuta e baixa empatia entre líderes e equipes, geram um desgaste diário.
O colaborador, mesmo que não verbalize, sente-se desconfortável e procura maneiras de se afastar — nem que seja por faltas pontuais ou atrasos. E isso vai virando um padrão.
O que fazer: invista em pesquisas de clima, promova feedbacks constantes e atue rápido diante de comportamentos nocivos.
Em um primeiro momento, o colaborador sobrecarregado tenta dar conta do recado. Trabalha mais, faz hora extra, evita faltar. Mas essa conta chega, e quando chega, vem em forma de exaustão, ansiedade e afastamento médico.
O burnout já é reconhecido como doença pela OMS e está entre as principais causas do absenteísmo no mundo corporativo.
O que fazer: revise a distribuição de tarefas, implemente jornadas flexíveis e incentive pausas regulares ao longo do expediente.
Você sabia que um dos maiores fatores de engajamento no trabalho é se sentir valorizado?
A ausência de reconhecimento (seja financeiro, verbal ou simbólico) faz com que o colaborador perca o entusiasmo. Isso afeta diretamente sua disposição em manter uma presença constante e engajada.
O que fazer: crie programas simples de reconhecimento, celebre pequenas vitórias e valorize o esforço, não apenas os resultados.
Quando os valores da empresa não conversam com os do colaborador, surge um vazio de identidade. Mesmo que as habilidades técnicas estejam alinhadas, esse desencaixe cultural afeta o comprometimento.
O colaborador começa a se desconectar, e o primeiro sinal disso pode ser o aumento das faltas.
O que fazer: trabalhe o fit cultural já no processo seletivo e mantenha diálogos constantes sobre os valores e práticas da organização.

Imagine trabalhar todos os dias em um lugar onde você sente que está estagnado. Sem feedbacks, sem desafios, sem oportunidades de desenvolvimento.
Esse sentimento de “mais do mesmo” mina a motivação e se transforma, aos poucos, em afastamento emocional e físico.
O que fazer: ofereça trilhas de carreira, planos de desenvolvimento e treinamentos contínuos. Mostrar que há um futuro possível dentro da empresa faz toda a diferença.
Mais do que identificar as causas do absenteísmo, é essencial agir para combatê-las com inteligência e empatia. Veja algumas medidas eficazes que podem ser adotadas:
Ação prática | Benefício direto |
| Implantar políticas de saúde e bem-estar | Redução das faltas e melhora do clima organizacional |
| Oferecer jornadas flexíveis | Equilíbrio entre vida pessoal e trabalho |
| Treinar lideranças para gestão humanizada | Melhora da comunicação e redução de conflitos |
| Criar programas de reconhecimento e engajamento | Aumento do senso de pertencimento |
| Adotar tecnologia para monitorar indicadores de RH | Tomada de decisão baseada em dados reais |
Além disso, acompanhar os dados com frequência é essencial para entender se as medidas adotadas estão funcionando.
Combater o absenteísmo não se resume a controlar faltas. É sobre entender o que está afastando as pessoas, seja fisicamente, emocionalmente ou culturalmente.
Ao analisar as causas do absenteísmo com mais profundidade, fica claro que não se trata apenas de “funcionários que faltam”, mas de um sistema que pode estar falhando em algum ponto.
Empresas que enxergam o absenteísmo como um indicador de saúde organizacional têm mais chances de corrigir rotas, melhorar o clima e reter talentos.
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