Veja as principais tendências para o RH em 2026
Descubra o futuro do RH: Com a IA, o recrutamento, a retenção e o engajamento de talentos já entraram em uma nova era.
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Encontrar e manter bons profissionais de tecnologia nunca foi uma tarefa fácil e, nos últimos anos, esse desafio só aumentou para o RH. Com o avanço acelerado da transformação digital, a alta demanda por talentos e a escassez de profissionais qualificados, o turnover em TI se tornou um problema crítico para empresas de todos os portes.
E não estamos falando apenas de números: estamos falando de perder pessoas estratégicas, atrasar projetos e comprometer a inovação.
Neste artigo, você vai entender:
Mesmo com altos índices de desemprego em outras áreas, a realidade da tecnologia se destaca. A demanda por profissionais de TI ultrapassa (e muito) a oferta. De acordo com a ManpowerGroup, 80% das empresas brasileiras do setor têm dificuldade para encontrar talentos com as habilidades necessárias — o maior índice da série histórica da pesquisa.
Além disso, boa parte dos profissionais brasileiros de tecnologia estão de olho em vagas internacionais, o que dificulta ainda mais a contratação para as empresas no Brasil.
Segundo um estudo realizado durante o The Developers Conference (TDC) em Florianópolis (SC), mais de 60% dos profissionais de TI brasileiros têm interesse em trabalhar no exterior. Já os dados da Boston Consulting Group (BCG) mostram que os EUA são o destino preferido dos brasileiros de TI. De 131 profissionais ouvidos pela consultoria aqui, 63% afirmaram estar dispostos a se mudar para o país. Canadá, Portugal e Alemanha aparecem em seguida.
Mesmo assim, o desafio na área de TI é global: o Bureau of Labor Statistics (BLS) dos EUA projeta um crescimento de 13% nas vagas de TI até 2032 — número bem acima da média de outras áreas. Já a Korn Ferry estima um déficit de 85 milhões de profissionais de tecnologia no mundo até 2030, com perdas econômicas de até US$ 8,4 trilhões.
Esse cenário mostra que a disputa por talentos em tecnologia é intensa e não tem fronteiras. Diante desse contexto, atrair e reter profissionais de TI exige mais do que vagas abertas: é preciso oferecer experiências de trabalho diferenciadas, investir no desenvolvimento contínuo e adotar estratégias modernas de gestão de pessoas. Só assim as empresas conseguirão se destacar e manter o capital humano necessário para inovar e crescer.
Alguns segmentos dentro da tecnologia estão ainda mais pressionados pela demanda e, por isso, merecem atenção redobrada:
| Área de TI | Por que a demanda é alta |
| Segurança da Informação | Proteção de dados e conformidade com a LGPD |
| Desenvolvimento de Software | Crescimento da transformação digital |
| Cloud Computing | Migração de sistemas para a nuvem |
| Análise de Dados / BI | Tomadas de decisão baseadas em dados |
| Inteligência Artificial / Machine Learning | Automação e inovação em ritmo acelerado |
| DevOps | Entregas contínuas e automação de processos |
| Engenharia de Infraestrutura | Necessidade de ambientes escaláveis e robustos |
| UX/UI Design | Foco em experiência do usuário |
| Product Management | Expansão de produtos e times digitais |
Destaque especial para IA: a área de Inteligência Artificial, por exemplo, teve um aumento de 633% na contratação de profissionais como desenvolvedores de software, engenheiros de dados e especialistas em machine learning. Isso impulsiona ainda mais a competição por talentos — mesmo com poucos profissionais com formação específica na área, o mercado está absorvendo quem se capacita com agilidade.
A alta rotatividade na área de tecnologia é resultado de uma combinação de fatores. Conhecer essas causas é essencial para agir de forma estratégica:
Profissionais de TI buscam inovação e evolução constante. Quando percebem que não há um plano de carreira estruturado, oportunidades de aprendizado ou novos projetos à vista, tendem a buscar essas possibilidades fora. Empresas que não conseguem mostrar caminhos claros de progressão acabam perdendo talentos para organizações mais atrativas nesse quesito.
A remuneração segue sendo um dos principais fatores para mudança de emprego. No setor de tecnologia, esse fator é ainda mais crítico, já que a concorrência com o mercado internacional pressiona os salários para cima. Empresas que não acompanham esse movimento, seja por limitação orçamentária ou falta de estratégia, acabam ficando para trás na disputa pelos melhores profissionais. E não é só o salário base: benefícios como bônus, participação nos lucros, auxílio home office, plano de saúde diferenciado e educação contínua também entram na conta.
Longas jornadas, pressão por entregas rápidas e falta de flexibilidade fazem parte da rotina de muitos profissionais de tecnologia, e são grandes gatilhos para pedidos de desligamento. Hoje, equilíbrio é prioridade. Modelos híbridos ou 100% remotos, horários flexíveis e políticas reais de bem-estar não são mais diferenciais: são pré-requisitos para atrair e manter esses talentos.
Reconhecimento vai muito além de promoções ou aumentos. Envolve feedbacks frequentes, valorização de entregas, escuta ativa e cultura de celebração. Quando o trabalho é ignorado ou invisibilizado, o profissional perde o senso de pertencimento e começa a procurar um ambiente onde se sinta mais valorizado. A ausência de reconhecimento é silenciosa, mas tem grande impacto na motivação e na permanência dos colaboradores.
A relação com a liderança é um dos principais fatores que influenciam o engajamento e também a decisão de sair da empresa. Gestores pouco preparados para lidar com pessoas, que não escutam, não apoiam ou não desenvolvem seus liderados, acabam gerando afastamento e insatisfação. Segundo a Universidade de Harvard, até 70% do engajamento dos colaboradores depende da liderança direta. Ou seja: investir na formação de líderes é investir diretamente na retenção de talentos.
O déficit de profissionais de tecnologia não é exclusividade do Brasil. Segundo a Korn Ferry, o mundo pode enfrentar uma lacuna de 85 milhões de profissionais de tecnologia até 2030, com impacto econômico estimado em US$ 8,4 trilhões. Ou seja, além de reter, o desafio está em atrair e desenvolver talentos dentro de casa, antes que sejam fisgados por empresas de fora.
Com ações bem estruturadas, o RH pode virar esse jogo. Veja o que faz a diferença para contratar e reter talentos na área de tecnologia:
A Proposta de Valor ao Colaborador (EVP) vai muito além de salário: ela comunica o que a empresa oferece em troca do comprometimento do time. Mostre, com clareza, o que a sua empresa tem de único: cultura, propósito, ambiente colaborativo, projetos interessantes, oportunidade de aprendizado e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
⭐ Leia também: O que é EVP e como fazer?
Acompanhar o mercado é essencial, principalmente em áreas onde os salários são pressionados pela escassez de talentos.
Utilize pesquisas confiáveis para entender quanto a concorrência está oferecendo e como estão estruturados os pacotes de benefícios. Não se trata apenas de pagar mais, mas de oferecer uma proposta justa e alinhada às expectativas do público tech.
A área de tecnologia muda muito rápido e, para acompanhar as mudanças do setor, é necessário aprendizado constante. Por isso, ofereça oportunidades reais de crescimento — como treinamentos técnicos, trilhas de carreira, cursos externos, certificações e mentorias. Além de ser um investimento na equipe, é também uma forma de mostrar que a empresa aposta em seus talentos para o futuro.
Criar um ambiente onde os talentos possam se movimentar de área, de projeto ou de cargo ajuda a manter o interesse e a sensação de progresso. Muitas vezes, o profissional não quer sair da empresa, só deseja novos desafios. A mobilidade interna também reduz custos de contratação externa e melhora o aproveitamento de quem já conhece a cultura da empresa.
Mas atenção: para funcionar, é importante ter processos estruturados e uma comunicação clara sobre as possibilidades de transição interna.
A liderança tem papel fundamental na retenção de talentos. Bons líderes ajudam a construir confiança, dão direcionamento e inspiram o time. Já lideranças despreparadas podem afastar até os profissionais mais engajados. Invista na formação de gestores com foco em empatia, escuta ativa, gestão de performance e desenvolvimento de pessoas.
Flexibilidade é um dos critérios mais valorizados pelos profissionais de tecnologia. Isso inclui modelos de trabalho remoto ou híbrido, horários adaptáveis e respeito à jornada de trabalho.
Mas atenção: a flexibilidade precisa ser coerente com a cultura da empresa e não virar só um discurso no papel. Incentivar pausas, oferecer benefícios relacionados ao bem-estar e criar uma rotina mais saudável de entregas também fazem parte dessa estratégia.
Medir o clima organizacional e ouvir a equipe regularmente são práticas fundamentais para prevenir problemas e tomar decisões mais assertivas. Use pesquisas pulse, entrevistas de desligamento, reuniões one-on-one e até análises de comportamento digital para entender como os colaboradores estão se sentindo.
O mais importante: crie um ciclo de escuta ativa com ações concretas. Mostrar que a empresa está aberta a feedbacks (e age com base neles) é um dos pilares da retenção.
A retenção precisa ser acompanhada com dados. Alguns KPIs importantes para áreas de tecnologia:
Essas métricas ajudam o RH a tomar decisões mais assertivas e identificar gargalos com agilidade.
Em um mercado de alta demanda de vagas e escassez de profissionais qualificados, usar a tecnologia certa faz toda a diferença. Softwares de recrutamento e seleção com inteligência artificial, como o Pandapé, já são aliados estratégicos na missão de atrair e reter os talentos certos — especialmente em áreas de alta rotatividade como a tecnologia.
Essas ferramentas ajudam desde o início do processo: com algoritmos de IA, é possível filtrar automaticamente os currículos mais aderentes às vagas, cruzando dados técnicos, comportamentais e até de compatibilidade cultural. Isso acelera a triagem, reduz o tempo de contratação e aumenta as chances de encontrar profissionais realmente alinhados com o que a empresa precisa.
Mas o impacto não para no recrutamento. A tecnologia também permite:
Ou seja, além de atrair os profissionais certos, a IA ajuda a criar um ambiente mais coerente, estratégico e voltado à retenção de talentos. Tudo isso com base em dados concretos, que permitem decisões mais rápidas e eficientes.
Se sua empresa ainda faz recrutamento manual, com planilhas e processos demorados, está na hora de evoluir. Apostar em um software inteligente de R&S pode ser o primeiro passo para reduzir o turnover e aumentar sua competitividade no mercado. Faça o teste!

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