Veja as principais tendências para o RH em 2026
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Se você é profissional de RH, provavelmente já percebeu que recrutar talentos jovens hoje é bem diferente de cinco anos atrás. A Geração Z chegou ao mercado de trabalho com expectativas claras e bem diferentes das gerações anteriores.
Conectados desde sempre, eles querem mais agilidade, autenticidade e propósito. E estão forçando as grandes empresas a reverem não só seus processos seletivos, mas toda a experiência do candidato.
Neste artigo, você vai entender por que a Geração Z importa para o RH, como ela está transformando o recrutamento nas grandes organizações e, principalmente, como adaptar seus processos para conquistar e reter esses profissionais.
A Geração Z engloba os nascidos entre 1995 e 2010 (embora alguns recortes considerem de 1997 a 2012), e, segundo projeções da consultoria McKinsey, representam um quarto da força de trabalho global — número que deve subir para 30% até 2030.
No Brasil, essa geração soma 47 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desses jovens, 48% (mais de 22 milhões) são economicamente ativos e fazem parte do mercado de trabalho.
Essa não é apenas “mais uma geração”. É o público que está transformando e ditando as regras do futuro do trabalho. Como nativos digitais que cresceram com smartphones, redes sociais e acesso instantâneo à informação, a Geração Z reflete as transformações tecnológicas e sociais dos últimos 20 anos:
| Característica | Descrição | Impacto no processo seletivo |
| Nativos digitais | Cresceram imersos na tecnologia | Esperam processos digitais e ágeis |
| Imediatistas | Acostumados com respostas rápidas | Não toleram longos períodos de espera |
| Multitasking | Conseguem fazer várias coisas simultaneamente | Valorizam entrevistas dinâmicas |
| Independentes | Preferem autonomia e flexibilidade | Buscam empresas com cultura menos rígida |
| Conscientes socialmente | Valorizam propósito e causas | Avaliam os valores da empresa |
A chegada dessa geração ao mercado forçou empresas a reavaliar cada etapa da jornada do candidato. Desde a divulgação da vaga até a entrevista final, tudo precisa ser mais ágil, transparente e conectado com o que esse público espera.
Esqueça processos que levam semanas ou meses para dar uma resposta – essa geração tem pressa, e isso inclui o processo seletivo.
De acordo com uma pesquisa da Talent Board, longas etapas sem retorno são uma das principais causas de desistência. Os jovens candidatos querem:
Formulários longos e cadastros em excesso são um convite à desistência. A Geração Z quer processos rápidos, modernos e, de preferência, que possam ser feitos pelo celular.
As empresas que estão se adaptando investem em:
Para a Geração Z, a experiência do candidato começa muito antes da entrevista. Eles pesquisam sobre a empresa nas redes sociais, avaliam a reputação online e esperam uma jornada fluida e intuitiva.
O que eles valorizam:
Uma pesquisa do LinkedIn de 2024 revelou que 72% dos jovens já deixaram ou pensaram em deixar empregos que não ofereciam políticas flexíveis. Para a Geração Z, o interesse por uma vaga começa antes mesmo da entrevista: se a empresa não demonstra flexibilidade, cuidado com o bem-estar e uma proposta de valor clara desde a divulgação da vaga, é bem provável que eles simplesmente não se candidatem.
Um dos principais pontos de atenção é o modelo de trabalho. De acordo com a Deloitte, 63% dos profissionais da Geração Z preferem o regime híbrido, que combina o home office com o presencial. E essa escolha não é só pela comodidade: ela representa o equilíbrio entre liberdade e conexão humana — algo especialmente importante para quem está iniciando a carreira. Além disso, reflete preocupações reais com custos de deslocamento, saúde mental e qualidade de vida, temas cada vez mais presentes para essa geração.
Essa valorização da flexibilidade também aparece com força no processo seletivo. As expectativas mais comuns incluem:
Empresas que ainda seguem um modelo rígido, com pouca empatia ou adaptação, perdem pontos (e talentos) logo de cara.
Muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para entender, engajar e reter esses jovens profissionais, o que gera um ciclo de frustrações e turnover precoce.
Um estudo recente da ResumeBuilder revelou que 54% dos profissionais da Geração Z foram demitidos nos primeiros 90 dias de trabalho. Entre os principais motivos citados pelos gestores estão falta de motivação, dificuldade em lidar com feedbacks e baixa autonomia no dia a dia.
Além disso, o mesmo estudo revela que 74% dos líderes entrevistados disseram considerar os profissionais da Gen Z mais difíceis de gerenciar do que os de gerações anteriores. Esses dados não significam que esses jovens são “piores” ou “menos preparados” — mas sim que existe um desalinhamento real entre o que eles esperam e o que as empresas estão prontas para oferecer.
Muitas vezes, os atritos começam ainda no processo seletivo, com avaliações comportamentais falhas ou pouca clareza sobre o que a empresa realmente espera daquele profissional.
| Tema | O que a Geração Z espera | O que muitas empresas ainda oferecem |
| Carreira | Crescimento rápido, com desenvolvimento real | Planos de carreira longos e pouco estruturados |
| Ambiente de trabalho | Cultura horizontal, com espaço para opinião | Estrutura rígida e decisões centralizadas |
| Benefícios | Flexibilidade de horários e local de trabalho | Benefícios tradicionais e presença obrigatória |
| Propósito | Conexão com causas e impacto social | Foco exclusivo em resultados e metas |
| Comunicação | Feedbacks frequentes, informais e diretos | Contato esporádico e tom excessivamente formal |
Essa lacuna de expectativas leva muitos jovens a se frustrar logo nos primeiros meses — e as empresas, por sua vez, a interpretar esses comportamentos como falta de engajamento ou preparo.
A seguir, você confere ações concretas para tornar seu recrutamento mais conectado com o que a Geração Z espera — e, ao mesmo tempo, mais eficiente e atrativo para a sua empresa.
Antes:
Agora:
Dica extra: Pense como um time de marketing. Recrutar essa geração exige campanhas de atração com conteúdo criativo, visual e emocional.
A Geração Z vive no celular. Seu processo seletivo precisa funcionar de ponta a ponta pelo smartphone, ou você corre o risco de perder ótimos candidatos.
Ajustes essenciais:
Para a Geração Z, um processo longo, confuso ou sem retorno é sinônimo de desengajamento. Muitas vezes, enquanto a empresa ainda avalia currículos, o candidato já recebeu outra proposta.
Mais do que correr contra o relógio, o segredo está em estruturar poucas etapas, bem organizadas e com comunicação fluida entre elas. Um bom processo pode ser objetivo sem perder a profundidade — e sim, isso é possível.
Especialistas recomendam que o processo ideal inclua, no máximo, quatro fases principais, com foco tanto em habilidades técnicas quanto no fit cultural:
| Etapa recomendada | Objetivo |
| Triagem inicial | Análise de currículo e perfil, com apoio de IA para otimizar o tempo |
| Entrevista com RH | Avaliar fit cultural, propósito, expectativas e visão de carreira |
| Avaliação técnica ou psicológica | Verificar habilidades práticas ou comportamentais, de forma objetiva |
| Entrevista com gestor ou equipe | Entendimento do dia a dia da função e conexão com o time |
Esse formato é direto, respeita o tempo do candidato e valoriza o que mais importa: a troca humana e a clareza na tomada de decisão.
A personalização mostra que sua empresa realmente se importa. Para a Geração Z, pequenos detalhes fazem a diferença na percepção de valor.
Como tornar a experiência mais humana:
Exemplo: permita que o candidato escolha se prefere entrevista por vídeo ou ao vivo, e em qual plataforma (Zoom, Meet, etc.).
Não adianta adaptar o processo se os recrutadores ainda avaliam com filtros antigos. A Geração Z traz novas formas de se comunicar, expressar e se conectar com o trabalho.
Ações recomendadas:
Dica extra: compartilhe cases de sucesso internos com a equipe para incentivar a mudança de mindset.
A Geração Z cresceu em um mundo hiperconectado, acostumada a interações rápidas e comunicação direta. Isso pode gerar alguns choques de percepção durante o processo seletivo, principalmente com empresas mais tradicionais.
Para evitar ruídos e garantir uma experiência positiva, o RH precisa atuar com clareza e empatia desde o primeiro contato.
Boas práticas para melhorar esse alinhamento:
Quando os candidatos entendem o que se espera deles, têm mais segurança para mostrar seu potencial real, e a empresa evita mal-entendidos que podem comprometer a avaliação.
A Geração Z espera que a tecnologia facilite sua jornada. Use soluções que automatizam o que é repetitivo e liberam tempo para o que realmente importa: a conexão humana.
Exemplo de recursos que fazem diferença:
O Pandapé, por exemplo, oferece tudo isso em uma única solução — permitindo processos rápidos, personalizados e conectados com o perfil da nova geração.
Mesmo com boas intenções, muitos processos seletivos ainda cometem deslizes que acabam afastando jovens talentos logo nas primeiras interações. A seguir, destacamos os principais erros que ainda aparecem com frequência e comprometem a atração da Geração Z:
Se sua empresa ainda leva semanas para concluir um processo ou demora mais de 10 dias para dar um retorno, é provável que o candidato já tenha perdido o interesse, ou aceitado outra proposta. A agilidade, hoje, é decisiva para garantir engajamento e evitar a perda de talentos.
Não informar salário, benefícios ou as próximas etapas do processo transmite insegurança. Ser claro em cada ponto da comunicação evita ruídos e mostra respeito pelo tempo e pelas expectativas do candidato.
Textos frios, distantes e cheios de jargões corporativos tendem a afastar. A comunicação deve ser objetiva, humana e condizente com a cultura da empresa. Não se trata de ser informal demais, mas de tornar a experiência mais próxima e acessível.
A falta de presença digital é uma lacuna estratégica. Para a Geração Z, redes como Instagram e LinkedIn funcionam como uma prévia da cultura da empresa. Ignorar esses canais é abrir mão de visibilidade e de uma conexão que começa muito antes da candidatura.
| Métrica | Meta | Como medir |
| Tempo de processo | < 10 dias | Tempo médio entre candidatura e resposta |
| Taxa de aceitação | > 80% | Candidatos que aceitam ofertas |
| Satisfação do candidato | > 4.5/5 | Pesquisa pós-processo |
| Qualidade da contratação | > 90% | Aprovação no período de experiência |
A Geração Z cresceu com tecnologia e já está mudando o jeito como o mercado de trabalho funciona. As empresas que se adaptam rápido saem na frente na hora de atrair bons profissionais – já quem ainda mantém processos antiquados vai ter cada vez mais dificuldade para contratar e reter talentos.
Um ponto importante: não se trata apenas de usar mais tecnologia, mas de repensar completamente a experiência do candidato. A Geração Z valoriza autenticidade, agilidade e propósito, elementos que devem estar presentes em cada etapa do seu processo seletivo.
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